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O mundo dos negócios é regido por mudanças, criando nas empresas a necessidade de adaptações para garantir a sua manutenção e longevidade do seu setor de atuação. Assim deve ser também com o segmento da saúde privada, com empreendimentos que carecem de novos métodos de gestão. A afirmação foi feita pelo presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS) José Carlos Abrahão, durante palestra no II Fórum Nordeste de Gestão em Saúde. Com o tema “Sustentabilidade e Competitividade Econômica do Setor de Saúde”, o médico apresentou as razões e os desafios para a gestão mais eficiente.

De acordo com José Carlos Abrahão, a saúde se baseia, assim como outros setores da economia, em três pilares: visão social, visão ambiental e visão econômica. Sobre a contrapartida social, o presidente da CNS alerta para alguns pontos importantes. O primeiro deles é o aumento da população e a descoberta de novas patologias. “Olhando apenas nesse ângulo, vemos a necessidade de uma gestão mais eficiente na saúde, seja privada ou pública. Precisamos atender a essas e outras demandas”, afirmou o médico.

E não se trata apenas disso quando se fala no alcance social da saúde. Segundo Abrahão, quando comparamos o consumo de energia dos empreendimentos de outros segmentos da economia brasileira ao dos hospitais e demais prestadores de serviços de saúde, a atenção à saúde utiliza o dobro do potencial elétrico dos outros setores econômicos juntos. “Além disso, o Brasil é o segundo parque hospitalar do mundo, com a oferta atual de 500 mil leitos”, completou.

Quando o assunto é a exploração econômica da saúde, o presidente da CNS afirma categoricamente que as empresas do setor precisam assegurar sua credibilidade no mercado. “Clínicas e hospitais devem buscar solvência, ou seja, sua capacidade de arcar com seus compromissos financeiros. Isso só pode ser conseguido através do alcance do seu equilíbrio econômico”, alertou.

Para Raimundo Correia, presidente do Sindhosba, a abordagem de José Carlos Abrahão foi precisa. “Precisamos sim, de um melhor gerenciamento dos serviços de saúde, de protocolos clínicos mais elaborados e, principalmente, temos que controlar os desperdícios”, afirma.

“Temos que encarar a saúde verdadeiramente como um segmento da economia. Afirmo isso por termos um dado interessante, o de que representamos 74% da arrecadação de impostos no Brasil”, declara o presidente da Febase, Marcelo Britto.

Essa reportagem integra o conteúdo da Revista Saúde Bahia.

Fonte: Lume/Sindhosba