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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou a lista dos hospitais que poderão receber das operadoras e seguradoras de saúde reajustes entre 85% a 105% da inflação medida pelo IPCA. Esse cálculo foi feito com base em três indicadores principais: selo de acreditação, taxa de reinternação e núcleo de segurança ao paciente.

A nova regra é válida quando as duas partes não chegarem a um acordo e na ausência um indicador pré-estabelecido em contrato. O custo com internação hospitalar representa cerca de 60% das despesas médicas das operadoras de planos de saúde.

Entre os 4 mil hospitais privados do país, 131 deles poderão ter o reajuste máximo, ou seja, de 105% do IPCA. Esse grupo foi selecionado porque possui selos de acreditação de instituições como Joint Commission International e ONA (Organização de Acreditação Nacional). Entre eles estão hospitais de primeira linha como Albert Einstein, Sírio-Libanês, Rede D’Or, Santa Paula, Vita, Samaritano, AC Camargo, Mater Dei, Alemão Oswaldo Cruz, Santa Catarina, Beneficência Portuguesa, Moinhos de Vento, Sabará e Nove de Julho, entre outros.

Um segundo grupo formado por 64 hospitais poderá negociar um aumento de 100% do IPCA. O repasse da inflação vale para hospitais que não têm selo de acreditação, mas atendem a alguns indicadores, como baixa taxa de reinternação e participação no programa da ANS para redução do número de cesáreas desnecessárias. Além disso, esses hospitais precisam ter uma área de segurança do paciente que trata desde infecção hospitalar até questões logísticas. O núcleo de segurança é uma exigência de 2014 da Anvisa, mas hoje menos de 1,4 mil hospitais a cumprem. Já os hospitais que não se enquadram nesses critérios poderão reajustar seus contratos com operadoras por 85% do IPCA.

A partir de 2017, a ANS quer adotar critérios similares para laboratórios, clínicas, médico, enfermeiro, fisioterapeuta e psicólogo.

Fonte: Valor Econômico