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Proibição veta o pagamento de despesas como taxa de inscrição, hospedagem, passagens aéreas e alimentação

Como parte do novo Código de Conduta da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (ABIMED), as empresas associadas a ela não poderão mais financiar diretamente a participação de profissionais de saúde em eventos científicos e simpósios promovidos por terceiro. A proibição veta o pagamento de despesas como taxa de inscrição, hospedagem, passagens aéreas e alimentação. A medida passou a vigorar em 1º de janeiro deste ano.
 
Pelas novas diretrizes, as empresas poderão continuar a patrocinar a educação médica continuada, mas o financiamento será direcionado a entidades idôneas promotoras de eventos científicos, como as sociedades médicas. Elas que decidirão os profissionais que irão participar dos eventos.
“É uma proibição pioneira, que visa coibir eventuais conflitos de interesse e evitar desvios e ações impróprias na interação entre profissionais de saúde e a  indústria médica, que é fundamental para o avanço e uso seguro da tecnologia médica”, afirma o presidente do Conselho de Administração da entidade e um dos autores do Código de Conduta, Felipe Kietzmann.
 
Para o gestor, a proibição resulta de uma evolução natural da ética no mundo e no Brasil. Até 2016, o patrocínio direto da indústria a médicos era permitido às associadas da ABIMED. Em 2017, passou a não ser recomendado pelo Código de Conduta vigente, até ser finalmente vetado a partir deste mês.
 
O novo Código também limita o pagamento de refeições a médicos e estabelece um teto de R$ 100 para brindes, com exceção de livros científicos e modelos anatômicos. Atualmente, 230 indústrias de produtos para saúde fazem parte da entidade, que fabricam equipamentos e produtos médico-hospitalares como mamógrafos, ressonâncias magnéticas, tomógrafos, marca-passos, stents, próteses e órteses.
Fonte:Diagnóstico Web