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As informações captadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego, realizada pela SEI, em parceria com Dieese, Setre e Seade, mostram que a taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador cresceu de 24,8%, em junho, para 25,7% da População Economicamente Ativa (PEA), em julho de 2016. Segundo suas componentes, a taxa de desemprego aberto elevou-se de 17,8% para 18,6%, e a de desemprego oculto variou de 7,0% para 7,1%.

O contingente de desempregados foi estimado em 487 mil pessoas, 22 mil a mais do que no mês anterior. Este resultado decorreu do crescimento da PEA (aumento de 19 mil pessoas ou 1,0%) e da estabilidade relativa do nível de ocupação (redução de 0,2% ou 3 mil postos de trabalho). A taxa de participação – indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas – cresceu de 56,8% para 57,3%, entre junho e julho.

No mês de julho, o contingente de ocupados foi estimado em 1.406 mil pessoas. Segundo os setores de atividade econômica analisados, houve acréscimo na Indústria de transformação (4 mil postos ou 3,8%), no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (6 mil ou 2,2%) e, em menor medida, na Construção (1 mil ou 0,9%) e redução nos Serviços (16 mil postos de trabalho ou 1,8%).

Segundo a posição na ocupação, o contingente de trabalhadores assalariados reduziu-se (20 mil pessoas ou 2,1%), resultado do decréscimo da ocupação no setor privado (22 mil ou 2,7%) e do pequeno aumento no setor público (1 mil ou 0,8%). No setor privado, diminuiu o número de postos com carteira de trabalho assinada (19 mil ou 2,6%) e sem carteira assinada (3 mil ou 3,0%). Houve aumento no contingente de trabalhadores autônomos (14 mil ou 5,5%) e no agregado outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (10 mil ou 12,8%). O número deempregados domésticos declinou (7 mil ou 5,9%).

Entre maio e junho de 2016, o rendimento médio real teve pequena variação positiva para os ocupados (0,6%) e relativa estabilidade para os assalariados (-0,2%). Os valores monetários passaram a equivaler a R$ 1.295 e R$ 1.380, respectivamente.

A massa de rendimento real ficou relativamente estável para os ocupados (-0,2%) e diminuiu para os assalariados (1,9%). Entre os ocupados, o resultado decorreu do declínio no nível de ocupação e da pequena variação positiva do rendimento médio real. Entre os assalariados, foi resultado do decréscimo do nível de emprego e da relativa estabilidade do salário médio real.

Comportamento em 12 meses – Entre os meses de julho de 2015 e de 2016, a taxa de desemprego total na RMS aumentou, ao passar de 19,0% para 25,7% da PEA. Esse resultado deveu-se à elevação das taxas de desemprego aberto (de 14,6% para 18,6%) e oculto (de 4,4% para 7,1%).

O contingente de desempregados cresceu em 138 mil pessoas. Tal comportamento decorreu da redução do nível de ocupação (eliminação de 82 mil postos de trabalho) e do aumento da População Economicamente Ativa − PEA (acréscimo de 56 mil pessoas na força de trabalho da região). A taxa de participação aumentou de 56,6% para 57,3%.

No último ano, o número de ocupados declinou 5,5%, ao passar de 1.488 mil para 1.406 mil pessoas. Setorialmente, registrou-se redução no contingente de ocupados em todos os setores de atividade analisados: Serviços (-46 mil postos de trabalho ou -5,0%), Indústria de transformação (-24 mil ou -18,2%), Construção (-11 mil ou -9,2%) e, em menor proporção, no Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (-3 mil ou -1,0%).

Segundo a posição na ocupação, nos últimos 12 meses, o emprego assalariado retraiu-se (84 mil postos de trabalho ou 8,2%), devido às reduções dos assalariados no setor privado (73 mil ou 8,3%) e no setor público (14 mil ou 9,8%). No setor privado, declinou o número de assalariados com carteira de trabalho assinada (75 mil ou 9,5%) e aumentou o sem carteira assinada (2 mil ou 2,1%). Reduziu-se o contingente de trabalhadores autônomos (6 mil ou 2,2%) e o de empregados domésticos (8 mil ou 6,7%). Houve aumento no contingente de trabalhadores no grupo outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócio familiar, entre outros (16 mil ou 22,2%).

Entre junho de 2015 e de 2016, reduziu-se o rendimento médio real dos ocupados (9,0%) e dos assalariados (8,3%).

Nesse período, houve retração nas massas de rendimentos reais dos ocupados (14,3%)  e dos assalariados (14,5%). Em ambos os casos, devido aos decréscimos do rendimento médio real e, em menor proporção, do nível de ocupação.

Fonte: SEI