Em ofício datado de 17/12 encaminhado ao Prefeito ACM Neto o Sindhosba, Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Bahia e a Ahseb, Associação dos Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia, solicitam ao gestor da capital baiana uma nova negociação do prazo de pagamento da dívida do executivo municipal com as unidades privadas de saúde credenciadas ao atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
O débito é referente aos serviços prestados nos meses de novembro e dezembro de 2012. A categoria solicita ao prefeito reconsiderar o prazo para a quitação da dívida, assunto que já foi motivo de impasse entre as partes envolvidas, e foi debatido durante campanha eleitoral. O então prefeito, na época candidato, se reuniu com representantes do setor e prometeu resolver o problema.
De acordo com o Sindicato algumas clínicas e hospitais particulares de Salvador, só vão receber a última prestação do débito em 2019, o que segundo o presidente da Entidade, Raimundo Correia, causou grande impacto à saúde financeira dos prestadores de serviços da rede complementar do SUS, agravando a inadimplência dos tributos e outros débitos. Justamente por conta da crise que vem passando, muitos estabelecimentos foram obrigados no início do ano, a suspender o atendimento aos usuários do SUS.“A carta que enviamos ao senhor prefeito é uma tentativa de sensibilizá-lo para que este impasse seja resolvido o mais rápido possível”, declara Correia.
Ainda segundo o presidente do Sindhosba, a revisão do prazo de pagamento, pode atenuar o cenário de crise em que se encontram os prestadores de saúde. “Quem atende pelo SUS passou por uma dificuldade enorme esse ano. Não podemos deixar que este momento amargo se prolongue por mais tempo”, comenta. Muitos estabelecimentos, sem receber o repasse da prefeitura, atrasaram salários dos funcionários, deixaram de pagar fornecedores e acumulam dívidas.
Ricardo Costa, presidente da Ahseb, chama a atenção para a importância de um amplo dialogo entre o ente publico municipal e o setor privado em questão, para em conjunto resulte em uma solução a curto prazo. “Os hospitais e clínicas particulares permanecem em condições financeiras muito complicadas. Os salários continuam atrasando, e podemos ter em 2014 uma manifestação dos colaboradores como tivemos este ano. E a prefeitura deve cuidar para que isso não aconteça”, pondera.
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Fonte: Sindhosba/Ahseb